Papa Francisco: Não vivemos numa sociedade cristã, mas somos chamados a viver como cristãos na sociedade plural de hoje


"Reflito primeiro sobre o binómio identidade-missão. A vocação desta instituição académica faz com que a sua identidade coincida sempre com a sua missão. A formação, o ensino, a investigação e a vitalidade da Universidade fazem parte do mandato que recebemos de anunciar a Boa Nova a todos os povos (cf. Mc  16,15) e a sua realização nunca pode ser considerada definitiva — sempre em movimento! São dimensões abertas, que devem deixar-se orientar constantemente pelo sopro do Espírito Santo que guia a história e nos chama a interpretar o tempo em que vivemos. E a fazê-lo com os critérios próprios.

A intuição e os valores fundacionais da Instituição permanecem válidos como sempre, assim como o caminho de quatrocentos anos que do ex-Colégio Urbano levou à Universidade Urbaniana. No entanto, é necessário que esta riqueza se traduza em respostas adequadas às questões que a realidade de hoje apresenta à Igreja e ao mundo: «Os estudos eclesiásticos não podem limitar-se a transferir conhecimentos, competências e experiências aos homens e mulheres do nosso tempo [...] mas devem adquirir a urgente tarefa de desenvolver instrumentos intelectuais capazes de se propor como paradigmas de ação e pensamento, úteis para o anúncio num mundo marcado pelo pluralismo ético-religioso» (Constituição Apostólica Veritatis gaudium, 5). Não vivemos numa sociedade cristã, mas somos chamados a viver como cristãos na sociedade plural de hoje. Como cristãos e abertos." 

(DISCURSO DO SANTO PADRE AOS PARTICIPANTES DA PLENÁRIA DO DICASTÉRIO PARA A EVANGELIZAÇÃO. Sala do Concistório. Sexta-feira, 30 de agosto de 2024)

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